Ele está sempre de olho no movimento humano e atua nos três níveis de atenção à saúde: promoção, prevenção e reabilitação. O perfil do fisioterapeuta, embora 100% Biológicas, tem muito de Humanas, como explica o professor Adilson Apolinário, Coordenador do curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo.
"Quem faz Fisioterapia? São pessoas que querem ser profissionais da área de saúde e gostam de trabalhar com o ser humano. O fisioterapeuta tem um papel importante na função social. Não podemos esquecer que somos atores sociais; saúde é fator determinante de desenvolvimento e não é produto mercadológico. Saúde é direito de todos."
Trabalhando há sete anos na profissão, Karin Barroso concorda: "Tem um lado psicológico gigantesco, afinal a gente mexe com qualidade de vida. A pessoa tem mais equilíbrio, consegue andar melhor e aprimora as atividades diárias. Mas, principalmente, a gente consegue prevenir os problemas causados no envelhecimento, o que é super importante."
Karin conta que a própria escolha da área aconteceu de uma maneira interessante e bastante ligada ao fator humano: "Minha mãe estava no hospital com um problema sério de saúde. Quando eu cheguei para visitá-la na UTI, um rapaz estava com ela, tratando-a de uma forma maravilhosa. Ele era fisioterapeuta e me falou quais exercícios deveriam ser feitos para que ela se recuperasse. Fiquei encantada com a ajuda que ele prestou. E decidi que faria o mesmo da minha vida, até porque tinha tudo a ver com meu perfil."
O curso e o mercado de trabalho
O curso está estruturado em oito semestres e a grade curricular passa por disciplinas básicas como Anatomia, Fisiologia, Metodologia Científica, a disciplinas pré-profissionalizantes como Métodos de Avaliação Fisioterapêutica, Neurologia, Cardiologia, Pneumologia, e disciplinas profissionalizantes como Fisioterapia em Neurologia, Fisioterapia Cardiopulmonar e Fisioterapia em Geriatria.
Na São Camilo, no mês de novembro, alunos e professores comemorarão em novembro os dez anos do curso e as quatro estrelas conquistadas no Guia do Estudante 2008/2009, da Editora Abril. Para o coordenador Apolinário, por ser considerado um curso novo e, até por isso, também uma profissão em ascensão, quem está pensando em seguir carreira, pode ficar animado.
"O fisioterapeuta pode atuar em hospitais, centros de reabilitação, clubes, clínicas, home-care, saúde pública, empresas ou mesmo fazer uma carreira acadêmica.", continua o professor que lista algumas áreas em destaque:
Saúde do Trabalhador
Saúde da Mulher
Fisioterapia Dermatofuncional
Fisioterapia Cardiorrespiratória
Fisioterapia em Neurologia
Fisioterapia em Ortopedia
Fisioterapia Esportiva
Programas de Saúde da Família
"A demanda existe e é grande. Novas áreas e espaços de atuação estão sendo desenvolvidos, precisamos estar atentos à demanda social, às necessidades da população, aos dados epidemiológicos, não nos deixar envolver por modismos e sim nos guiarmos pela nossa habilidade e pelos nossos sonhos de realização profissional.", afirma ele.
Depois de ter atuado em clínicas focadas em ortopedia e pós-operatório, Karin agora consegue se dedicar integralmente aos próprios pacientes, atendendo domiciliarmente, de modo particular. A fisioterapeuta garante que consegue se sustentar bem e acredita que o número de atendimentos só deve aumentar à medida que as pessoas vão conhecendo mais sobre a importância da prevenção de doenças como osteoporose, artrose, problemas na coluna etc.
E, definitivamente, não tem dúvidas de que seguiu o melhor caminho. "Nada é mais compensador do que um paciente virar e dizer que está melhor, muito por causa do atendimento fisioterapêutico. O mais gostoso é saber que eu faço diferença. Saber que naquele momento em que estou com um paciente, a vida dele está, de certo modo, mudando positivamente."